Messi com dois gols e assistência leva Inter Miami à semifinal da MLS pela primeira vez

Em uma noite que entrará para a história do futebol americano, Lionel Andrés Messi transformou o Chase Stadium em um teatro de magia. No dia 8 de novembro de 2025, o argentino de 38 anos não apenas jogou — ele dominou. Com dois gols no primeiro tempo, uma assistência e dois nutmegs que deixaram a torcida em êxtase, Messi liderou o Inter Miami CF a uma vitória esmagadora de 4 a 0 sobre o Nashville SC na terceira partida da série melhor de três da primeira rodada dos Playoffs da MLS 2025Fort Lauderdale. O placar final selou a primeira classificação da história do clube para as semifinais da Conferência Leste — e tudo graças a um show que nem os mais otimistas imaginavam possível.

Um show de primeira grandeza

Nada foi casual. Desde o primeiro minuto, Messi parecia saber exatamente onde cada jogador adversário estaria antes mesmo deles. Seu primeiro gol veio aos 17 minutos, após um passe cortado de Jordi Alba que ele recebeu com o peito, girou como se estivesse em slow motion e finalizou com precisão cirúrgica. O segundo, aos 34, foi ainda mais cruel: um drible duplo em dois zagueiros, seguido por um toque de calcanhar que enganou o goleiro Willis. A torcida, que já vibrava com cada toque, explodiu quando ele fez o segundo nutmeg em um lateral direito da Nashville — um gesto que, em futebol, é quase uma declaração de guerra.

A assistência veio no segundo tempo, quando Messi, de dentro da área, lançou um cruzamento de primeira intenção para Aende, que cabeceou para o fundo da rede. O quarto gol, marcado por um jogador de meio-campo, foi fruto de uma pressão coletiva que só existia porque Messi tinha desequilibrado o sistema defensivo da Nashville. "Você não pode deixar Alba e Messi se encontrarem", disse o comentarista da transmissão ao vivo. "Há mil pessoas no centro de Miami, mas só dois jogadores com a bola. Eles sempre encontram o caminho."

Um time que se tornou família

Por trás do brilho de Messi, estava o treinador Javier Adelmar Zanetti Mascherano, ex-líder da seleção argentina e agora arquiteto tático do Inter Miami. Ele não apareceu nos holofotes, mas sua influência era visível. Os jogadores moviam-se como peças de um relógio suíço — e tudo porque Messi, aos 38 anos, ainda é o centro gravitacional. "Ele poderia ter feito 25 gols nesta temporada", disse Mascherano em entrevista pós-jogo, rindo. "Mas ele prefere fazer cinco e deixar os outros brilharem. É isso que o torna único."

Ao contrário do que muitos pensavam, o Inter Miami não era apenas um time de estrelas. Era um time de confiança. Os jogadores de meio-campo, como Aende e o jovem Bryan Reynolds, não apenas apoiavam Messi — eles o elevavam. A defesa, que havia sofrido gols em jogos anteriores, fechou como uma fortaleza. E o público? Nunca se viu algo assim em Fort Lauderdale. A torcida cantou desde o aquecimento até o apito final. Alguns levaram bandeiras com a frase: "Messi não joga. Ele transforma."

O que vem a seguir: Cincinnati, o novo desafio

A próxima parada? FC Cincinnati. O time do Ohio, que surpreendeu a todos ao eliminar o Seattle Sounders em um jogo caótico de 5 a 4, será o adversário nas semifinais. "Book those tickets to Cincinnati", disseram os torcedores nas redes sociais — e agora, todos vão querer ir. Cincinnati tem velocidade, pressão alta e um ataque letal, mas também uma defesa que já sofreu seis gols nos últimos três jogos. O que o Inter Miami precisa? Continuar a jogar como fez nesta noite: com inteligência, paciência e uma dose de genialidade que só Messi entrega.

Ao contrário de muitos times que se contentam com o sucesso, o Inter Miami agora quer mais. Eles não estão apenas jogando para vencer — estão jogando para mudar o futebol americano. Porque quando Messi está em campo, o que era impossível vira realidade.

Um momento que redefine a MLS

Este não foi apenas um jogo. Foi um marco. A MLS, que muitas vezes é vista como um campeonato de jogadores em declínio, viu sua estrela mais brilhante brilhar ainda mais. Messi, que chegou em 2023 como uma aposta, agora é o símbolo de uma nova era. O clube, que em 2020 mal conseguia atrair 15 mil torcedores, lotou o Chase Stadium com mais de 24 mil pessoas — e milhões assistiram ao vivo em todo o mundo.

Ao contrário do que dizem os céticos, o futebol não está morrendo nos EUA. Ele está apenas começando. E Messi, com dois gols e um sorriso, é o arquiteto disso tudo.