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La Liga: Levante abre 2-0, mas Betis reage e busca empate com Fornals no fim

publicado : set, 20 2025

La Liga: Levante abre 2-0, mas Betis reage e busca empate com Fornals no fim

Em Valência, um 2 a 2 com cara de campeonato: intensidade, reviravolta e goleiro em noite inspirada

O Estadio Ciudad de Valencia recebeu 21.938 torcedores e um roteiro daqueles que o futebol espanhol adora entregar: Levante 2, Real Betis 2, pela 4ª rodada da La Liga. A bola rolou às 14h15 (UTC) e, antes que a arquibancada se ajeitasse, a rede já tinha balançado duas vezes para os donos da casa. No fim, o empate deixou uma sensação clara: ninguém saiu satisfeito com um ponto, mas ambos entenderam o peso de não sair de mãos vazias.

O Levante partiu como quem não quer conversa. Logo aos 2 minutos, Iván Romero atacou o espaço pelo lado direito da área e finalizou com firmeza, depois de um passe vertical na medida de Carlos Álvarez. O gol cedo mexeu com o Betis, e a equipe local não tirou o pé. Aos 10, Etta Eyong apareceu por dentro, recebeu de Pablo Martínez e bateu no canto baixo, ampliando para 2 a 0 e inflando o estádio.

Com dois gols de frente em dez minutos, o Levante parecia com a partida sob controle. Compacto sem a bola e agressivo ao recuperar a posse, forçou erros na saída do Betis. O time visitante, no entanto, não desabou. Ajustou o posicionamento entre linhas, adiantou laterais para dar largura e trabalhou melhor o corredor esquerdo. O prêmio veio numa bola crucial: nos acréscimos do primeiro tempo, aos 45+2, Cucho Hernández apareceu para reduzir. O gol mudou a energia do intervalo.

De volta para a etapa final, o Betis acelerou. A equipe andaluza subiu blocos, passou a roubar a bola mais perto da área do Levante e cercou a grande área com mais gente. O volume cresceu, e a sensação de que o empate era questão de tempo ganhou corpo. Aos 81, ele veio: Pablo Fornals, no momento de maior pressão, concluiu a jogada trabalhada por Abde Ezzalzouli, fechando o 2 a 2 e calando por segundos a arquibancada que pulsara o jogo inteiro.

Se o Betis conseguiu buscar o resultado, muito se explica pelo que produziu com a bola. Mas, para o jogo não virar, teve um protagonista do outro lado: Mathew Ryan. O goleiro australiano do Levante fez oito defesas, algumas de puro reflexo, em chutes à queima-roupa e cabeceio. Em dois lances, parou Antony; em outro, voou para tirar a cabeçada de Héctor Bellerín. Foi o antídoto contra a virada.

O Betis ainda esbarrou no travessão com Rodrigo Riquelme, que cortou da esquerda para dentro e bateu seco, e vibrou à toa quando Sergi Altimira viu seu gol ser anulado após revisão do VAR. Em cada um desses episódios, a partida ganhava mais suspense. A arbitragem de Alejandro Muñíz Ruiz controlou o ritmo sem se esconder dos cartões: A. De La Fuente, do Levante, foi advertido aos 77.

À beira do gramado, as trocas tentaram mudar a maré no detalhe. Kevin Arriaga entrou no Levante aos 85, no lugar de Pablo Martínez, numa tentativa de reequilibrar a faixa central. Pelo lado do Betis, Cédric Bakambu substituiu Cucho Hernández aos 87 para manter a profundidade e a ameaça ao espaço curto na última linha rival. O placar não andou, mas as duas equipes seguiram buscando o erro do outro até o apito final.

  • 2' — Iván Romero abre o placar após assistência de Carlos Álvarez.
  • 10' — Etta Eyong amplia com passe de Pablo Martínez.
  • 45+2' — Cucho Hernández diminui para o Betis e muda o clima do jogo.
  • 81' — Pablo Fornals empata, com assistência de Abde Ezzalzouli.
  • VAR — Gol de Sergi Altimira é anulado após revisão.
  • Defesas — Mathew Ryan salva o Levante em oito intervenções decisivas.
  • Trave — Rodrigo Riquelme acerta o travessão em chute da esquerda.

O que fica das quatro linhas? Primeiro, a leitura de que o Levante tem munição para ferir cedo, quando consegue acelerar a transição e atacar os espaços entre lateral e zagueiro. Os dois gols nasceram desse instinto: passes verticais, infiltração com tempo e finalização limpa. Quando a equipe precisou baixar bloco, porém, sofreu para tirar a bola do campo próprio. Faltou um respiro mais longo na posse e uma saída sustentada para quebrar a pressão adversária no segundo tempo.

Do lado do Betis, a reação mostrou repertório. A equipe não virou refém de cruzamentos aleatórios. Alternou corredores, usou os laterais para criar superioridade por fora e aproximou meias no entrelinha. Fornals, ao pisar a área, foi o símbolo dessa capacidade de chegar com qualidade, não apenas com quantidade. E Abde foi eficiente na jogada do empate, seja pela condução, seja pelo passe final no timing certo.

Mathew Ryan mereceu os holofotes. Oito defesas contam parte da história; a outra está no tipo de intervenção. Ele neutralizou finalizações de média e curta distância, corrigiu buracos com posicionamento e segurou o impacto emocional do Betis após o 2 a 1. Em jogos assim, um goleiro seguro vale pontos — e desta vez valheu o ponto.

Em termos de arbitragem, Alejandro Muñíz Ruiz manteve o jogo vivo. O uso do VAR no lance de Sergi Altimira foi criterioso e, embora a frustração do Betis seja natural, a revisão trouxe correção a um momento chave. A distribuição de cartões conteve excessos sem quebrar o ritmo de um confronto de alta rotação.

Estratégia e ajustes também explicam a curva do placar. O Levante cresceu quando acelerou o primeiro passe e conectou seu camisa 9 rapidamente. Depois, o Betis leu bem os espaços às costas dos volantes locais e esticou o campo, forçando a última linha a recuar. Quando o time andaluz quebrou a primeira pressão, encontrou gente livre entre zaga e meio, e daí saíram as melhores chances — até o empate.

Em termos de controle de jogo, a posse alternou donos ao longo dos 90 minutos. Os anfitriões começaram afiados, os visitantes terminaram mais fortes. Foi daqueles jogos em que estatística vira fotografia: a cena final mostra o Betis com volume, o Levante agarrado ao resultado e um goleiro em estado de alerta. O empate, nesse contexto, soa lógico.

Individualmente, vale destacar Iván Romero pela frieza no 1 a 0 e a leitura de Etta Eyong no 2 a 0, atacando o espaço central sem hesitar. No Betis, Cucho Hernández foi insistente, apareceu em várias zonas e abriu a trilha da reação. Fornals decidiu com um toque sóbrio no momento certo. Rodrigo Riquelme levou perigo sempre que puxou para dentro, e Bellerín, com sua cabeçada, quase mudou a história.

As substituições tardias mostraram a cautela de ambos em mexer na espinha do time. Arriaga entrou para dar novo fôlego à contenção e à primeira bola. Bakambu, para manter a ameaça à última linha e explorar um Levante mais cansado. Faltou o detalhe final — e talvez tenha sido esse detalhe que Ryan tirou com as mãos.

Leituras do empate e o impacto para a sequência da temporada

Leituras do empate e o impacto para a sequência da temporada

Quarto jogo, ponto à mesa e um recado: a margem de erro é curta, mesmo no começo da campanha. O Levante sai com a sensação de que podia mais depois de 2 a 0 em dez minutos. Ao mesmo tempo, saber segurar um adversário empurrado pela inércia do segundo tempo também tem seu valor. Esse tipo de empate, em setembro, costuma ensinar mais do que punir.

Para o Betis, a mensagem é dupla: o sistema tem mecanismos para criar e reagir, mas não pode se oferecer tanto à transição nos primeiros minutos. As melhoras vieram quando o time ajustou a distância entre setores e passou a impedir o Levante de correr com campo aberto. O gol de Fornals coroa um time que não se desorganizou ao correr atrás do resultado.

O jogo ainda reforça uma verdade do campeonato: poucos ambientes são tão hostis quanto um estádio inflamado com dois gols precoces do mandante. O Betis sobreviveu a esse cenário, voltou ao jogo antes do intervalo e empurrou a decisão para o detalhe técnico na reta final. Quando apareceu a chance clara, não desperdiçou.

Se os dois vão dormir pensando no que faltou, também acordam com algo positivo para segurar. O Levante tem um plano A que machuca cedo. O Betis tem cabeça para ajustar e qualidade para escalar o placar. Em 90 minutos que pareceram 120, o 2 a 2 contou uma história de paciência, insistência e um goleiro em modo muralha.

O calendário aperta, e a 4ª rodada já deixa marcas: pontuar fora num jogo desses não é pouca coisa; manter a invencibilidade em casa, ainda que com gosto agridoce, também conta. O campeonato é longo, e partidas assim chegam a pesar na tabela quando as contas apertam lá na frente.

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Turian Biel

Turian Biel

Sou especialista em notícias e gosto de escrever sobre tópicos relacionados às notícias do dia a dia no Brasil. Trabalhando como jornalista há mais de 15 anos. Tenho uma abordagem analítica e procuro trazer uma perspectiva diferenciada aos leitores. Meu objetivo é manter as pessoas informadas sobre os acontecimentos mais relevantes.

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