Vereador Rubinho Nunes Revê Projeto de Lei sobre Doações a Moradores de Rua em São Paulo

publicado : jun, 28 2024

Vereador Rubinho Nunes Revê Projeto de Lei sobre Doações a Moradores de Rua em São Paulo

Vereador Recuar em Decisão de Multar Doadores de Alimentos para Moradores de Rua

O vereador Rubinho Nunes anunciou que fará alterações em seu projeto de lei, PL 445/2024, após a primeira rodada de aprovação na Câmara Municipal de São Paulo. O projeto original, que estabelecia a necessidade de licença da prefeitura para doações de alimentos aos moradores de rua, recebeu uma forte reação negativa da população e das redes sociais.

Nunes explicou que o objetivo do projeto é melhorar a qualidade da assistência prestada aos moradores de rua, assegurando que eles possam acessar abrigos e outros serviços sociais. A ideia é regulamentar principalmente as doações em grande escala realizadas por ONGs e associações, e não atos individuais de caridade. Porém, a redação inicial do projeto não deixava claro essa distinção, o que gerou preocupações e críticas.

Reação Popular

A reação popular foi imediata e contundente, com muitas pessoas acusando o projeto de criminalizar ações de solidariedade. As redes sociais foram inundadas com críticas e questionamentos sobre a eficácia e a ética de multar aqueles que tentam ajudar os mais necessitados. Grupos de defesa dos direitos humanos e representantes de entidades religiosas também se posicionaram contra a medida, argumentando que poderia desencorajar a ajuda em um momento de crescente vulnerabilidade social.

Mudanças no Projeto de Lei

Mudanças no Projeto de Lei

Diante da pressão popular, o vereador decidiu rever o projeto. Em um comunicado, Nunes afirmou que vai emendar a proposta para excluir indivíduos e entidades religiosas das sanções previstas. Assim, apenas as ONGs e associações que realizem doações em grande escala precisariam obter a licença da prefeitura para continuar suas atividades. Segundo o vereador, essa abordagem permitirá uma melhor coordenação e controle das doações, garantindo que os moradores de rua recebam alimentos de qualidade e sejam encaminhados para serviços de acolhimento e apoio.

Objetivos da Lei

Nunes destaca que a regulamentação das doações é um passo importante para a criação de uma rede de apoio mais eficiente e eficaz para os moradores de rua. A instalação de tendas onde os moradores de rua possam receber triagem e suporte, facilitando seu acesso a abrigos e programas de reabilitação, é um dos focos principais do projeto. Com essas medidas, o vereador acredita que será possível oferecer um atendimento mais digno e completo à população em situação de rua.

Próximos Passos

Próximos Passos

A versão alterada do projeto de lei será submetida a uma segunda votação antes de seguir para a sanção do prefeito Ricardo Nunes. Rubinho Nunes está empenhado em convencer seus colegas vereadores dos benefícios da proposta, argumentando que, ao regulamentar as doações, será possível criar uma rede mais eficiente de ajuda e suporte para os moradores de rua, sem que os atos de caridade individuais sejam penalizados.

A decisão de rever o projeto foi bem recebida por muitos, mas ainda há um caminho a percorrer até que a nova legislação seja plenamente aceita e implementada. Será necessário um trabalho contínuo de comunicação e esclarecimento para garantir que o público compreenda os objetivos e as vantagens da regulamentação proposta.

Enquanto isso, a situação dos moradores de rua em São Paulo continua a ser uma preocupação urgente. A cidade enfrenta um aumento no número de pessoas em situação de rua, em parte devido à crise econômica agravada pela pandemia de COVID-19. Medidas eficazes e bem planejadas são essenciais para oferecer suporte e restaurar a dignidade dessas pessoas, e a discussão sobre o PL 445/2024 é apenas uma peça desse complexo quebra-cabeça.

Comentários (13)

Mike Stucin

Boa mudança, mano! 😊 A gente quer ajudar, não ser punido por ter coração. Espero que o projeto agora realmente ajude quem precisa, sem virar burocracia.

Marcos Suela martins

Isso é só uma fachada. O cara sempre quis controlar a caridade. Agora finge que ouviu o povo, mas a intenção é a mesma: tirar o poder das mãos das pessoas e entregar pro governo. Vai ver ele quer patrocinar as ONGs dele.

Flávia Pellegrino

E se a prefeitura não der a licença? Aí a ONG morre e as pessoas continuam com fome? Essa lógica é de quem nunca viu uma fila de comida na periferia.

Moisés Lima

Vocês não veem o jogo? Essa lei é o primeiro passo pra controlar tudo que é doação. Depois vem o rastreamento digital das doações, depois a obrigatoriedade de usar o app da prefeitura pra pedir pão, depois a identificação biométrica pra receber comida... e no fim, quem decide o que você pode dar é um burocrata de 3000 reais. É o controle total. Eles querem transformar caridade em serviço estatal. Isso é fascismo disfarçado de assistencialismo.

Veridiana Farias

São Paulo tá virando um filme de distopia, mas com brigadeiro e feijoada. 😅 A ideia de regular é boa, mas a forma como foi feito foi tipo colocar um adesivo de "cuidado, molhado" numa piscina cheia de crianças. Agora tá mais bonitinho, mas ainda tá molhado. E as crianças? Elas continuam com sede.

Luciano Ammirata

A caridade não é um direito, é um privilégio moral. Mas a assistência social é um direito constitucional. O problema aqui é a confusão entre ética e legislação. O que o vereador tenta fazer é deslocar a responsabilidade do indivíduo para o sistema - o que é necessário, mas mal feito. Ainda assim, é um movimento evolutivo. A sociedade precisa deixar de depender de heróis anônimos e construir estruturas.

antonio marcos valente alves marcos

Eu doei 20 sanduíches semana passada e agora tô com medo de ser multado kkkk sério, se eu for pego com um pão na mão no centro vou virar criminoso? O povo tá perdido mesmo, a gente tá tentando salvar vidas e o governo tá preocupado com o formulário de licença

Joffre Vianna

Ah, claro. Agora é só ONGs que precisam de licença. Como se elas não fossem feitas por pessoas. Como se não fossem os mesmos voluntários que fazem o pão na casa da vó. Essa distinção é puramente retórica. Eles querem controlar a imagem da caridade, não ajudar ninguém.

Victória Ávila

e se a licença for gratis? e se for só pra organizar os horarios e locais? tipo, nao querer 15 tendas na mesma esquina? isso nao é ruim... mas a redação foi péssima msm, entendi o q ele queria mas o jeito q falou foi tipo "eu to vendo você doando e vou te prender" kkk

Nathalie Ayres de Franco

Acho que a intenção é boa. Só precisava de mais diálogo antes. Agora parece que todo mundo tá um pouco mais calmo. Espero que dê certo.

Pedro Completo

O projeto original era inconstitucional, desumano, e absurdo. A alteração é mínima e insuficiente. A prefeitura não tem competência para regulamentar atos de caridade privada. Isso é uma violação da liberdade de expressão e do direito à solidariedade. Ainda assim, a versão revisada é um retrocesso disfarçado de avanço.

Carlos Alves

CARA, EU DOO AQUI TODO SÁBADO E NÃO VOU PARAR! SE TIVER QUE ENCHER UM FORMULÁRIO, EU ENCHO! MAS SE TIVER QUE PAGAR MULTA POR DAR UMA REFEIÇÃO, EU VOU LEVAR UMA BANDEJA PRA PORTA DA CÂMARA E VOU DOAR PRA TODO MUNDO QUE PASSAR! ISSO NÃO É LEI, É DESRESPEITO!

Daniel Queiroz

Eles vão virar a cidade inteira em um campo de concentração de caridade. Primeiro eles regulam as ONGs, depois exigem cadastro pra doar pão, depois vão pedir DNA pra saber se você é "digno" de ajudar, depois vão colocar câmeras nas tendas pra ver se você tá sendo "sincero"... E no fim, ninguém vai mais doar. Porque ninguém vai suportar tanta paranoia. Isso não é ajuda. É controle psicológico.

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sobre o autor

Turian Biel

Turian Biel

Sou especialista em notícias e gosto de escrever sobre tópicos relacionados às notícias do dia a dia no Brasil. Trabalhando como jornalista há mais de 15 anos. Tenho uma abordagem analítica e procuro trazer uma perspectiva diferenciada aos leitores. Meu objetivo é manter as pessoas informadas sobre os acontecimentos mais relevantes.

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