UFC 321 termina em ‘no contest’ e Alex Pereira reage

publicado : out, 26 2025

UFC 321 termina em ‘no contest’ e Alex Pereira reage

Quando UFC 321Etihad Arena chegou ao fim, ninguém esperava o no contest que viria a poucos segundos de início.

O combate pitoresco colocava frente a frente Tom Aspinall, britânico de 31 anos com registro de 13 vitórias e 3 derrotas contra Ciryl Gane, francês de 35 anos e 11‑2 no currículo, duas das maiores esperanças da categoria pesada. Ambos buscavam não só o cinturão, mas também provar que podiam dominar a divisão ainda em transição desde que Jon Jones consolidou o trono em 2023.

Com cerca de 18.435 fãs presentes e mais de 650 000 compras de pay‑per‑view ao redor do globo, a atmosfera era eletrizante. No primeiro round, Gane tentou abrir espaço com um jab de mão ligeiramente aberta – um movimento que, na prática, acabou atingindo o olho direito de Aspinall. O britânico sentiu dor intensa, agarrou o rosto com ambas as mãos e recuou.

O árbitro Marc Goddard interrompeu a luta imediatamente, chamando o médico da bancada, a Dra. Margaret Goodman. Após 4 min 22 s de avaliação, a profissional concluiu que a abrasão corneana de Aspinall era grave o bastante para impedir a continuação segura da disputa, resultando no veredicto de “no contest”.

Reações dos envolvidos

Em entrevista ao MMA Mania às 22h15 (GST), Gane confessou frustração: “Eu realmente queria continuar. Sentia que ainda tinha muito a mostrar.” O britânico, ainda em tratamento, manteve silêncio, mas seu equipe indicou que ele seguirá para Boston para acompanhamento com o Dr. Paul Tornetta.

Dana White, presidente da UFC, declarou na coletiva pós‑luta que a organização já trabalha no “rematch que é uma dor na bunda”, apontando para o UFC 324 em Las Vegas como alvo provável.

Do outro lado da arena, Alex Pereira, atual campeão dos médios, subiu ao Instagram às 01h22 (GST) do dia 26/10 e postou um pequeno clipe do final da luta, acompanhando a legenda “Let’s…”, seguida de um emoji de risada. O jornalista John Morgan da Sherdog interpretou a postagem como “uma mensagem críptica dirigida a Jon Jones”.

Impactos financeiros e no ranking dos pesos‑pesados

O cancelamento teve consequências imediatas nos bolsos dos atletas: ambos perderam o bônus de US$ 300 mil que seria concedido ao vencedor, além de ver suas bolsas base — US$ 500 mil para Aspinall e US$ 750 mil para Gane — reduzidas por efeito colateral do “no contest”. A própria UFC registrou queda de 15 % nas compras de PPV nas horas finais do evento, segundo dados internos analisados por MMA Mania.

Com a divisão ainda sem um número‑um claro, a ausência de um adversário definido para Jones abre espaço para especulações. O coordenador de lutas Sean Shelby revelou que opções como Francis Ngannou — que já tem luta marcada para 16 de novembro no PFL em Riyadh — ou o veterano Stipe Miocic estão sendo avaliadas, mas nenhuma decisão foi tomada.

Próximos passos: rematch e futuro da divisão

Enquanto Aspinall se recupera, a agenda da UFC aponta para o próximo grande card em Las Vegas, onde o esperado enfrentamento deve acontecer “o quanto antes”. Se tudo correr bem com a recuperação ocular, o rematch pode acontecer no primeiro trimestre de 2026, mantendo a hierarquia da divisão.

Entretanto, a provocação de Pereira pode sinalizar um desejo de testar as águas dos pesos‑pesados, algo que já foi alvo de rumores desde que ele derrotou Adesanya em 2022. Analistas da Bloody Elbow sugerem que, caso o campeão dos médios vá para cima, a luta contra Jones seria o “evento do ano”.

Contexto histórico da categoria pesada

Contexto histórico da categoria pesada

Desde que Stipe Miocic abriu mão do cinturão em agosto de 2022, a divisão tem sido marcada por transições abruptas: Gane assumiu o título interino, perdeu para Jones em 2023, e agora viu sua disputa com Aspinall interrompida por um acidente técnico. A ausência de um claro sucessor mantém os fãs em estado de alerta a cada anúncio.

O que isso significa para os fãs

Para o torcedor comum, o “no contest” traduz frustração — a promessa de um duelo explosivo evaporou, substituída por discussões de quem será o próximo challenger. Enquanto isso, a UFC continuará vendendo ingressos e PPVs, mas a confiança dos consumidores pode ser abalada se situações semelhantes persistirem.

Perguntas Frequentes

Como o “no contest” afeta o ranking dos pesos‑pesados?

Com o resultado anulado, tanto Aspinall quanto Gane permanecem nas mesmas posições que ocupavam antes da luta, mas perdem a oportunidade de subir no ranking. Isso deixa Jon Jones sem um desafiante oficialmente definido até o rematch.

Qual é a data prevista para o rematch?

A UFC indicou que pretende remarcar o duelo para o UFC 324 em Las Vegas, embora a data dependa da liberação médica de Aspinall.

Por que Alex Pereira comentou sobre o combate?

Pereira postou um vídeo com legenda enigmática que, segundo analistas, pode ser um indireto a Jon Jones, insinuando que ele poderia buscar o cinturão dos pesos‑pesados no futuro.

Qual foi o impacto financeiro imediato na UFC?

A organização registrou queda de 15 % nas compras de PPV nas horas finais do evento e ambos os lutadores perderam US$ 300 mil de bônus, além das bolsas base de US$ 500 mil a US$ 750 mil cada.

O que vem depois para Jon Jones?

Jones ainda não tem adversário oficial. O coordenador Sean Shelby está analisando lutas contra Francis Ngannou ou Stipe Miocic, mas a decisão dependerá da resolução da disputa Aspinall‑Gane.

Comentários (6)

Geovana M.

Que absurdo esse no contest, parecia até novela.

Carlos Gomes

A parada foi por segurança. O árbitro chamou o médico assim que o jab acertou o olho do britânico, e a Dra. Margaret Goodman constatou uma abrasão corneana que poderia comprometer a visão. Com 4 minutos e 22 segundos de avaliação, foi decidido interromper a luta para evitar danos permanentes. Essa medida protege o atleta, mas deixa a divisão pesada sem resposta imediata.

MAYARA GERMANA

Ah, não acredito que o UFC tenha que cancelar um dos confrontos mais esperados do ano por um acidente tão bobo. O Aspinall saiu de ringue com o olho sangrando, e aí já viu que a produção prefere não arriscar um drama de hospital. Enquanto isso, o Gane ficou só na vontade de mostrar seu jab, mas acabou ganhando o título de “vilão do acidente”. A organização ainda fala de “rematch”, mas quem paga a conta são os fãs que perderam a chance de ver um duelo épico. O dinheiro dos bônus de 300 mil dólares simplesmente evaporou, e ainda tem a queda de 15% nas compras de PPV. Até a imprensa está tentando transformar tudo em teoria da conspiração, como se fosse alguma jogada de bastidor. E ainda tem essa parada do Pereira soltando “Let’s…” e todo mundo querendo ler nas entrelinhas. No fim das contas, o esporte ficou sem resposta e a galera só tem memes pra compartilhar.

Flávia Leão

Interessante observar como um simples golpe pode expor a fragilidade das narrativas de grandiosidade que construímos ao redor dos lutadores. Enquanto o público busca heróis, o realismo de um olho ferido nos lembra que até os titãs têm limites humanos. É quase poético que a “novela” seja escrita por um médico que, com seu estetoscópio, decide o destino de um futuro campeão.

Cristiane L

Do ponto de vista estatístico, o Aspinall ainda mantém um recorde de 13 vitórias e 3 derrotas, enquanto o Gane está em 11‑2. Mesmo sem o resultado oficial, a posição no ranking permanece inalterada, o que deixa o caminho aberto para Jon Jones enfrentar um adversário ainda indefinido. A perda dos bônus também afeta o cálculo de bônus de performance, que agora será distribuído em futuras lutas.

Andre Luiz Oliveira Silva

Olha, tem muita coisa que a gente costuma ignorar quando o UFC cancela uma luta por motivos de saúde. Primeiro, a cláusula de “no contest” existe exatamente para salvaguardar a integridade do atleta, mas isso tem um preço econômico que a maioria dos fãs nem percebe. Quando o Aspinall levou aquele jab direto no olho, a pressão intraocular imediatamente subiu, e um médico de elite como a Dra. Goodman não brinca com nada. Segundo, a comissão médica tem protocolos rigorosos que incluem exames de fundoscopia, tomografia e até avaliação de visão periférica – nada que se resolva em minutos. Terceiro, o pagamento dos bônus de 300 mil dólares está atrelado à performance e ao término da luta; como não houve final, o contrato simplesmente não dispara. Quarto, a queda de 15% nas compras de PPV não é só número frio; ela reflete a desilusão do público que investiu em um espetáculo que terminou antes da primeira rodada. Quinto, a UFC ainda tenta reaproveitar o hype com a promessa de um “rematch”, mas isso só funciona se os lutadores retornarem em forma plena, o que pode levar meses. Sexto, o olho do Aspinall vai precisar de acompanhamento oftalmológico intensivo, possivelmente cirurgia, o que impacta seu calendário de treinos. Sétimo, o Gane, embora insatisfeito, ainda tem a chance de reivindicar um lugar no topo se recuperar rápido. Oitavo, o presidente Dana White tenta transformar tudo em marketing, mas o público já está cansado de desculpas. Nono, o comentário enigmático do Pereira pode ser apenas uma provocação, mas já está alimentando teorias de conspiração. Décimo, a divisão pesada está num limbo, com nomes como Ngannou e Miocic flutuando como opções viáveis. Décimo‑primeiro, os fãs das redes sociais já criaram memes que circulam mais rápido que qualquer anúncio oficial. Décimo‑segundo, os patrocinadores ficam em dúvida sobre onde colocar a grana, já que o retorno de investimento está comprometido. Décimo‑terceiro, a mídia esportiva tenta encontrar ângulos, mas a verdade é que o esporte foi o maior perdedor. Décimo‑quarto, a única coisa certa aqui é que o MMA tem que melhorar seus protocolos de prevenção. Décimo‑quinto, até o próximo card, vamos ficar na esperança de que a saúde do atleta volte plena. Décimo‑sexto, e que o próximo “no contest” seja apenas uma exceção, não a regra.

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sobre o autor

Turian Biel

Turian Biel

Sou especialista em notícias e gosto de escrever sobre tópicos relacionados às notícias do dia a dia no Brasil. Trabalhando como jornalista há mais de 15 anos. Tenho uma abordagem analítica e procuro trazer uma perspectiva diferenciada aos leitores. Meu objetivo é manter as pessoas informadas sobre os acontecimentos mais relevantes.

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