Rassemblement National: o que o partido defende e por que está no foco da mídia
Se você acompanha as notícias internacionais, já deve ter visto o nome Rassemblement National surgindo em manchetes. É o partido liderado por Marine Le Pen que tem ganhado força nas urnas francesas, causando debates intensos sobre imigração, soberania e a União Europeia.
Fundado em 1972 como Frente Nacional, o grupo mudou o nome para Rassemblement National em 2018, numa tentativa de se apresentar como mais moderado. Apesar da nova identidade, as ideias principais continuam focadas em limitar a imigração, proteger os empregos franceses e reforçar o controle nacional sobre as fronteiras.
Principais propostas e temas de campanha
O programa do RN gira em torno de três pilares: segurança, identidade e economia. Eles defendem reforçar as forças policiais, criar políticas de fronteira mais rígidas e sair da zona do euro, oferecendo ao país a possibilidade de retomar o franco. Também prometem reduzir impostos para pequenas empresas e cortar a burocracia que, segundo eles, atrapalha o crescimento.
Na prática, isso significa propostas como limite de 10% para imigrantes por ano, aumento das penas para crimes violentos e um referendo sobre a permanência da França na UE. Essas ideias dividem a opinião pública: enquanto alguns veem como proteção necessária, outros acusam o partido de xenofobia.
Desempenho nas eleições recentes
Nas eleições presidenciais de 2022, Marine Le Pen chegou ao segundo turno, ficando atrás de Emmanuel Macron. Foi a primeira vez que o RN alcançava esse ponto, mostrando que a mensagem do partido tem eco entre vários eleitores, sobretudo nas áreas rurais e nas cidades com alto desemprego.
Nas eleições legislativas que se seguiram, o RN consolidou uma bancada maior na Assembleia Nacional, mas ainda ficou atrás do centro-esquerda e da coalizão de Macron. O partido também tem avançado nas eleições locais, conquistando prefeitos em cidades menores, o que ajuda a criar uma base sólida para futuras disputas.
O que está por vir? Analistas apontam que o RN continuará a explorar questões de segurança e identidade, sobretudo se a economia francesa enfrentar mais dificuldades. O partido pode ainda buscar alianças com outros movimentos nacionalistas na Europa, formando um bloco que pressione a UE por reformas.
Para quem acompanha a política francesa, entender o Rassemblement National é essencial. O partido não está só no debate interno; suas posições influenciam decisões europeias, acordos comerciais e até a percepção internacional da França. Fique de olho nos próximos discursos de Marine Le Pen e nas propostas que surgem nos programas regionais – eles costumam ser um termômetro do clima político no país.
Se quiser ficar mais por dentro, basta seguir as notícias diárias e observar como as ideias do RN mudam ou se firmam ao longo das campanhas. Afinal, o futuro da França pode muito bem depender do que esse partido conseguir trazer às mesas de negociação nos próximos anos.