Marine Le Pen: tudo que você precisa saber sobre a líder da extrema‑direita francesa

Marine Le Pen virou o nome mais falado quando o assunto é a política da França nos últimos anos. Filha de Jean‑Marie Le Pen, fundadora do Front Nacional, ela herdou a bandeira, mas também tentou dar um tom mais "moderninho" ao discurso para chegar a mais eleitores.

Origens e ascensão no Front Nacional

Nasceu em 1968, estudou direito e começou a aparecer nos bastidores do partido ao lado do pai. Em 2011 assumiu a presidência do Front Nacional e, em poucos anos, rebatizou o movimento para Rassemblement National, um nome que soa menos radical e ajuda a abrir portas na mídia.

O grande salto veio nas eleições presidenciais de 2017, quando chegou ao segundo turno contra Emmanuel Macron. Mesmo perdendo, levou quase 33% dos votos, mostrando que a mensagem anti‑imigração, eurocética e nacionalista encontrou eco em vários cantos do país.

Posicionamento atual e o que ela defende

Hoje Le Pen pede controle mais rígido das fronteiras, redução da presença da UE e prioridade para os franceses nos empregos e benefícios sociais. Não é só discurso de rua; ela também fala de políticas econômicas protecionistas, como taxar grandes multinacionais que operam na França.

Um ponto que gera polêmica é a sua postura sobre o Islã. Ela costuma dizer que o islamismo radical tem que ser combatido, mas insiste que a maioria dos muçulmanos é pacífica e merece respeito. Essa linha tênue costuma atrair tanto críticos de esquerda quanto defensores da liberdade religiosa.

Nos últimos meses, Marine tem se concentrado em alianças com outros partidos de direita na Europa. Ela participou de encontros em Bruxelas, Roma e Viena, tentando montar um bloco eurocético que dê força para governos nacionais que queiram se afastar das políticas da União Europeia.

O que muda a cada eleição é a capacidade dela de transformar o discurso de intolerância em propostas concretas. Por exemplo, no último congresso do Rassemblement National, ela apresentou um plano de reforma tributária que inclui redução de impostos para pequenas empresas e aumento de impostos sobre grandes fortunas.

Para quem acompanha a política francesa, entender o caminho de Marine Le Pen ajuda a prever como o país pode se posicionar nos próximos anos. A presença dela no Parlamento, a influência nas cidades onde o RN venceu as eleições locais e a pressão que coloca sobre os partidos centrais são sinais claros de que ela não vai desaparecer tão cedo.

Se você quer ficar por dentro das novidades, fique de olho nas entrevistas de Marine, nos debates na TV francesa e nas redes sociais do RN. Cada declaração pode mudar a percepção dos eleitores e, consequentemente, o rumo das próximas urnas.