Câncer de Próstata: tudo que você deve saber
Se você leu ou ouviu falar de câncer de próstata, provavelmente ficou com dúvidas. Não tem mistério: a próstata é uma glândula do homem, do tamanho de uma noz, que produz parte do sêmen. Quando as células começam a crescer fora de controle, nasce o câncer. A boa notícia é que, quando detectado cedo, o tratamento costuma ter ótima taxa de cura.
Quais são os sinais mais comuns?
O câncer de próstata costuma ser silencioso nos primeiros anos. Por isso, muita gente só percebe quando já avança. Fique de olho em:
- Dificuldade para iniciar ou interromper o fluxo de urina;
- Choro forte ou sensação de que a bexiga não esvazia completamente;
- Sangue no xixi ou no sêmen;
- Dor persistente na região lombar, quadris ou pelve.
Se algum desses sintomas aparecer, procure um urologista. Não espere, porque o diagnóstico precoce faz toda a diferença.
Como é feito o diagnóstico?
O exame de rotina é simples: o PSA (antígeno prostático específico) coleta sangue e indica se há algo fora do normal. Valores acima de 4 ng/mL costumam chamar atenção, mas cada caso é único.
Além do PSA, o médico pode solicitar o toque retal. É rápido, acontece enquanto o paciente está deitado, e ajuda a sentir se há nódulos suspeitos.
Se houver suspeita, a próxima etapa costuma ser a biópsia, onde tiram pequenas amostras da próstata para analisar ao microscópio. Hoje, a biópsia guiada por imagem (ultrassom ou ressonância) aumenta a precisão.
Com o diagnóstico confirmados, o oncologista classifica o câncer usando o **Gleason** e o **estágio** (de I a IV). Essas informações definem o plano de tratamento.
Opções de tratamento
O tratamento varia de acordo com a idade, o estado de saúde geral e o estágio do tumor. As principais abordagens são:
- Vigilância ativa: para tumores de baixo risco, o médico pode recomendar acompanhar com exames regulares, sem tratamento imediato.
- Cirurgia radical: remoção da próstata (prostatectomia). Hoje, técnicas minimamente invasivas, como a laparoscopia ou robótica, reduzem a dor e o tempo de recuperação.
- Radioterapia: pode ser externa (feixe de radiação) ou interna (braquiterapia). É eficaz e pode ser combinada com hormônios.
- Terapia hormonal: reduz a testosterona, que alimenta o crescimento do câncer. Usa medicamentos ou cirurgia para remover os testículos (castração química).
- Quimioterapia e imunoterapia: reservadas para casos avançados ou recidivas.
Os efeitos colaterais (como impotência ou incontinência) são motivo de preocupação, mas há fisioterapia, medicamentos e apoio psicológico que ajudam a minimizar o impacto.
Prevenção e hábitos saudáveis
Não existe vacina contra o câncer de próstata, mas alguns hábitos podem reduzir o risco:
- Manter o peso ideal. Obesidade eleva a inflamação e pode piorar o prognóstico.
- Praticar atividade física regularmente. Caminhadas, natação ou musculação ajudam a regular hormônios.
- Adotar uma dieta rica em frutas, legumes, grãos integrais e baixa em carnes vermelhas e processadas.
- Consumir alimentos com licopeno (tomate, melancia) e selênio (castanha-do-pará, peixe).
- Evitar álcool em excesso e não fumar.
Além disso, homens acima de 50 anos (ou 45, se houver histórico familiar) devem fazer o PSA e o toque retal a cada ano. Quando há casos de câncer de próstata na família, o início do rastreamento pode ser antecipado.
Ficar atento ao próprio corpo, manter exames regulares e adotar um estilo de vida equilibrado são as melhores armas contra o câncer de próstata. Se você tem dúvidas, marque uma consulta, converse com seu médico e tire todas as questões. A informação é o primeiro passo para a prevenção e o tratamento eficaz.